Desejo e Reparação (2007)
País: Inglaterra, 123 minutos
Titulo Original: Atonement
Diretor(s): Joe Wright
Gênero(s): Drama, Mistério, Romance, Guerra
Legendas: Português,Inglês, Espanhol
Tipo de Mídia: Cópia Digital
Tela: 16:9 Widescreen
Resolução: 1280 x 720, 1920 x 1080
DOWNLOAD DO FILME E LEGENDA
PRÊMIOS
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Trilha Sonora
Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra
Prêmio de Melhor Filme
Prêmio de Melhor Design de Produção
Círculo de Críticos de Cinema de Londres, Inglaterra
Prêmio Ator Britânico do Ano (James McAvoy)
Prêmio Atriz Coadjuvante Britânica do Ano (Vanessa Redgrave)
Festival Internacional de Veneza, Itália
Prêmio do Forum para Cinema e Literatura (Joe Wright)
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Filme - Drama
Prêmio de Melhor Trilha Sonora Original
Sinopse: Desejo e Reparação” trata das ações humanas e suas inter-relações; como o ato de um indivíduo dificilmente é isolado e sem repercussões na vida dos demais. Estamos na Inglaterra de 1935, numa rica propriedade rural de uma família abastada. Nela vivem a matriarca e suas duas filhas – a voluntariosa Cecilia (Keira Knightely), a mais velha, e a jovem Briony (Saoirse Ronan), de 13 anos. Também é o lar de Robbie Turner (James McAvoy), filho da governanta, mas educado em Cambridge às expensas do falecido patrão. Cecília e Robbie têm uma forte conexão, sem saberem, no entanto, se são correspondidos um pelo outro. Briony é a única testemunha da atração entre os dois, daquilo que pode rolar entre eles. E será justamente uma iniciativa dela, uma atitude consciente, a definir o futuro dos dois amantes.
Anos mais tarde, numa segunda parte do longa, será a vez da II Grande Guerra a interferir na vida do casal, um acontecimento maior que não poderia ser evitado pelos dois, quase um acaso.
A forma de filmar tanto a interferência de Briony quanto a da guerra na relação de Cecilia e Robbie é o que faz toda a diferença em “Desejo e Reparação”, o que torna o filme uma adaptação de qualidade do livro de McEwan. O trabalho de equipe envolvido conseguiu utilizar recursos eminentemente cinematográficos para representar cada uma dessas ações decisivas.
Na primeira porção do filme, há uma clara distinção entre as cenas testemunhadas pela pequena Briony e aquelas que ocorrem entre o casal Cecilia e Robbie. As seqüências repetem-se de perspectivas distintas, para frisar o olhar da observadora e então diferenciá-lo da experiência vivenciada de fato por seus protagonistas. Assim, o espectador não apenas elabora como penetra nas razões da adolescente para ter tomado a atitude que define os rumos da trama.
Já no que se refere aos efeitos da II Guerra Mundial sobre a relação de Cecilia e Robbie, numa segunda etapa, o trecho mais importante provavelmente seja o longo plano-seqüência a representar a retirada das tropas aliadas da costa norte da França em 1940. Análogo a um quadro renascentista, desses imensos que retratam multidões e, simultaneamente, pequenas cenas detalhadas, a câmera passeia por uma praia repleta de soldados e destroços de guerra, captando várias ações consecutivas que descrevem, feito um “inferno de Dante”, o desespero e a falta de perspectiva dos soldados. Robbie está entre eles.
Existe um aforismo do teólogo norte-americano Reinhold Niebuhr que diz: “Deus, conceda-me a serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar as coisas que eu posso, e a sabedoria para saber a diferença”. Geralmente associamos as chamadas “coisas que não posso mudar” a fatos do acaso, externos a ação de qualquer ser humano. Por exemplo, um terremoto ou um incêndio provocado por um raio que pode acabar por matar um amigo ou ente querido. O que custamos a aceitar é que a maioria desses fatos incontroláveis, externos a nós, é provocada pela ação de outras pessoas. Se essas ações poderiam ou não ser evitadas, aí entraria o acaso, pois como poderíamos saber de antemão, se só tomamos consciência da inevitabilidade de algo depois do ocorrido.
“Desejo e Reparação” começa com o ponto final de Briony em sua primeira obra literária, uma peça de teatro. Eufórica, ela corre para mostrá-la a mãe. Cenas depois, conversando com a irmã Cecilia, as duas deitadas na grama do jardim, sob o sol, com Robbie em segundo plano, Briony confessa: “eu deveria ter escrito um romance; as peças são ruins porque a obra, para se realizar, depende da ação dos outros”. Palavras premonitórias, que amarram a narrativa do começo ao fim...
Elenco: